A obesidade é uma doença multifatorial, isto é, decorrente da combinação de variados fatores, que, nos dias de hoje, atingem cada vez mais pessoas. Não apenas sua origem é tida como complexa, mas, também, todas as suas consequências para a saúde, nada benéficas.
Um exemplo é a possibilidade de acometimento do cérebro, órgão que, caso esteja em contato direto com uma grande quantidade de tecido adiposo, pode ter o funcionamento comprometido. Estudos recentes revelaram, inclusive, que a perda de peso depois de uma cirurgia bariátrica altera o desempenho dos neurônios. Com isso, é possível que se diminuam as possibilidades de desenvolvimento da Doença de Alzheimer.
O tratamento da obesidade ocorre de maneira multidisciplinar, envolvendo as atuações de nutricionista, psicólogo, educador físico e do médico endocrinologista, o mais habilitado a acompanhar o paciente no processo de emagrecimento.
Como é o trabalho desenvolvido pelo endocrinologista?
O trabalho do endocrinologista consiste na avaliação das causas para o ganho de peso, além dos riscos dessa condição. É o especialista ideal para alertar o paciente sobre os malefícios da obesidade com base em seu histórico pessoal e doenças que tenham atingido sua família. O médico irá ponderar, ainda, a necessidade do uso de medicações específicas.
Medicamentos anti-obesidade
O tratamento da obesidade com o auxílio de remédios deve ser feito por pacientes que já estejam envolvidos com um programa de mudança de estilo de vida. O indivíduo deve seguir as orientações dietéticas e praticar exercícios físicos, pois, do contrário, os efeitos não serão satisfatórios.
O uso de medicações para tratar a obesidade é indicado para os casos de:
Índice de massa corporal (IMC) superior a 30 kg/m2;
Índice de massa corporal (IMC) superior a 27 kg/m2 com outras doenças relacionadas. Exemplos: pressão alta, diabetes ou colesterol elevado;
Obesidade que não consegue ser vencida apenas com dieta e atividades físicas.
Cirurgia Bariátrica
As cirurgias mais realizadas são dos tipos Banda Gástrica (em que se coloca uma faixa ajustável para reduzir o diâmetro do estômago), Bypass Gástrico (em que se diminui o estômago através do desvio da região restante ao intestino), Derivação Biliiopancreática (com a criação de outro meio de desvio para o intestino) e Gastrectomia Vertical (em que se retira grande parte do estômago responsável pela absorção). A decisão de qual tipo adotar é realizada em conjunto entre o paciente e seu médico.
A cirurgia bariátrica é indicada nos casos de:
Índice de massa corporal (IMC) superior a 40 kg/m2, isto é, obesidade mórbida;
Índice de massa corporal (IMC) superior a 35 kg/m2, isto é, obesidade moderada, associada a doenças de obesidade descontrolada, como hipertensão arterial, colesterol elevado, apneia do sono, diabetes, arritmias, entre outras.